domingo, 25 de setembro de 2011

Tribos Urbanas e modismos em geral

Desde muito tempo foram criadas as tribos urbanas, eu não tenho certeza de quando isso começou, acredito que no final da segunda guerra mundial já existiam jovens com filosofias de vida, visual e gostos diferentes do que chamamos de sociedade.

O Rock contribuiu bastante pra que isso se tornasse maior, vimos as diversas bifurcações nesse ritmo musical, tais como o punk e o rock progressivo, o metal e o glam, entre outras vertentes que foram surgindo com o tempo e as inovações que as bandas traziam na época, criando uma cena.

Só que venho pensando há muito tempo sobre o que isso pode mudar ou interferir na vida de um adepto a alguma tribo urbana, será que isso é algo que contribui?

Eu digo que primeiramente isso torna uma pessoa diferente das demais, sim, o preconceito ainda existe e é uma completa realidade, mesmo que para muitos sejam algo patético e pra outros seja uma proteção contra aqueles que não mantem uma devida tradição.

Segundo, as limitações que uma tribo urbana pode criar para esta pessoa, quando falo disso, falo de exigências sociais para que o indivíduo integre-se ao movimento, e isto gera uma certa padronização, ou seja, dentro de uma tribo urbana seus costumes serão apenas aqueles, aceite-os ou não estará dentro, os que tentam ter esse estilo de vida mas se tornam falhos, são mais conhecidos como poser.

O poser é simplesmente aquela pessoa que quer ser mas não consegue, ou diz-se estar integrada em um grupo mas que não conquista uma devida aceitação, seja por falta de conhecimento, estética ou por não ter sido apresentado por alguém que já era daquele grupo, as vezes há uma questão financeira, mas isso é restrito aos grupos que colocam dinheiro como primeiro plano.

Por isso agora falarei sobre algumas tribos urbanas que surgiram nessas últimas décadas.

Emo: No Brasil este estilo causou bastante polêmica em meados de 2005/2006 devido a popularização do estilo, falta de informação para a sociedade e a força da mídia que tanto apoiava quanto desmerecia a tribo. O real emo nunca foi mostrado em canais de televisões e rádios, nem tão pouco suas bandas foram tocadas para o Brasil inteiro, não é algo que muitos pensam ser grupos de adolescentes depressivos que usam franja e sim uma vertente direta do hardcore que em vez de protestar falavam sobre sentimentos e questões delicadas da vida, tudo que a mídia disse que era emo na música não passa de Mainstream, puro pop rock adolescente, com isso a garotada da época se influenciou por essas bandas e surgiu o Falso emo, ou o emo brasileiro.

Scene kid: é uma tribo bastante popular na Inglaterra, adotada principalmente entre adolescentes de  14 a 18 anos, é um estilo inspirado no glam e no punk, misturando cabelos repicados com os mullets que eram populares nos anos 80. Possuem um gosto musical bastante variado, como a tribo é voltada mais ao estilo, os adeptos tem uma liberdade maior em relação a música, só que a tendência dessa galera é curtir bandas de Metalcore, Post-hardcore e alguns grupos de música pop e eletrônica. No brasil houve uma confusão enorme na internet em dizer que o chamado From uk era o scene kid, na verdade aconteceu que um garoto em meados de 2006 conheceu a moda através do myspace e adaptou o estilo para os brasileiros trocando apenas o nome, não muda nada e se você perguntar a qualquer pessoa de outro país sobre isso ele não saberão da existência da tribo.

webcelebridades: Não acho que seja considerado uma tribo urbana, digo que está mais para um desejo conjunto em ser famoso através da internet, alguns tentam ser formadores de opiniões com vlogs, outros tentam a vida através com o humor, criando versos sobre algum assunto, divulgam suas bandas inteiramente na internet, é todo um comércio diversificado com a única intenção de ser conhecido nacionalmente ou mundialmente para poderem ganhar a vida com isso.

Exemplos disso são a marimoon que agora é Vj da MTV e o tão polêmico Felipe Neto que agora é ator humorístico do canal Multishow da Globo.

Adeptos da riqueza: é difícil achar um nome para aqueles que não saem sem colares,pulseiras,anéis,brincos e tudo que brilhe e seja caro, tentam imitar o estilo de vida dos artistas de Rap bem sucedidos dos Estados Unidos.
 (o rapper P. Diddy era considerado o Rei do Bling Bling. No Brasil, o modismo pegou forte entre jogadores de futebol como Ronaldinho Gaúcho).

Nerds: Fãs de cultura pop em geral, os nerds se dividem em vários grupos, só que grande maioria sofre preconceito devido a falta de habilidade social e o exagero em curtir um determinado tipo de coisa. São bastante inteligentes e apaixonados por conhecimento, o criado do windows, Bill gates, é um nerd assumido e agora é considerado um dos homens mais ricos do mundo.

Hipsters: Lançadores de tendências na música e na moda, os clubbers niilistas podem ter acabado com a cultura ocidental como acusou a revista Adbusters.

Indies: Pais do emos, os indies tímidos dos anos 90 agora até são mais alegrinhos e comunicativos (culpa da internet?). Os fanzines viraram os blogs de música, eles continuam amando cinema europeu e camisetas de suas bandas desconhecidas favoritas. Também nas versões twee (fãs de coisas fofinhas, vinil e roupinhas do vovô) e barbudos (fãs de post rock, bonés de caminhoneiro e da série Meu Nome é Earl).

Otakus: No japão este é um termo para qualquer pessoa que é extramente viciada em um determinado tipo de coisa, considerado lá como um termo pejorativo. No Brasil Otaku é considerado quem é fã de animes e participa de eventos voltados para a cultura japonesa, levam isso como estilo de vida e mantêm na maioria seus vínculos sociais apenas com outros Otakus.

A única coisa que eu acho disso é que há uma carência em estar integrado a um círculo social, também há fatores psicológicos como ter a vontade de estar em um grupo de pessoas em que sua personalidade, desejos e idéias tem um ponto em comum ou estejam em harmonia.

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